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Acionistas do BPI votam hoje saída de Ulrich e entrada de Forero

Hoje realiza-se a Assembleia Geral do BPI que formaliza a saída de Fernando Ulrich e a entrada de Pablo Forero como presidente executivo do banco. É uma nova fase na vida do BPI que hoje começa.
26 Abril 2017, 07h42

No Auditório da Fundação de Serralves, na Rua D. João de Castro, n.º 210, no Porto, às 10 horas de hoje, realiza-se a Assembleia Geral do BPI. Esta é a magna reunião acionista que decide a saída do histórico presidente executivo (durante 13 anos), Fernando Ulrich, e a entrada do espanhol Pablo Forero, do CaixaBank, para o seu lugar.

Fernando Ulrich será a partir de amanhã, dia em que faz 65 anos, o Chairman do BPI, lugar até hoje ocupado por Artur Santos Silva, fundador do banco e que por sua vez passa a presidente honorário e a presidente de uma nova comissão do Conselho de Administração dedicada à responsabilidade social.

Mais do que uma sucessão geracional, que marcou as mudanças de presidentes históricos de bancos, por exemplo no BCP (quando Jardim Gonçalves saiu e deixou no seu lugar Paulo Teixeira Pinto), ou mesmo no próprio BPI quando Artur Santos Silva deixou a presidência executiva a Fernando Ulrich, e que chegou a discutir-se no desaparecido BES, quando Ricardo Salgado era presidente, no BPI é a mudança de nacionalidade que marca a sucessão de liderança no banco. O banco é agora controlado pelo CaixaBank e essa realidade tenderá a impor-se gradualmente. É legítimo perguntar até quando a marca BPI se manterá? Tendo em conta que é uma excepção dado o histórico de aquisições do banco catalão. Mas é, ainda assim, uma incógnita.

Esta é, portanto, a AG que vai eleger os novos órgãos sociais do BPI já a refletir o domínio quase integral do banco catalão, pois desde o início de fevereiro que o CaixaBank passou a deter 84,5% do capital do banco português. A Allianz tem 8,425%.

Para além da eleição dos órgãos sociais, a magna reunião prevê ainda deliberar sobre o Relatório de Gestão e Contas individuais e consolidadas do Banco, relativos ao exercício de 2016; deliberar sobre a proposta de aplicação dos resultados do exercício de 2016; proceder à apreciação geral da administração e fiscalização do Banco; e deliberar sobre alterações aos estatutos do Banco BPI.

Tal como era esperado, será extinta a limitação estatutária de administradores executivos não poderem ter mais do que 62 anos, ou não poderia ser nomeado o administrador António Farinha de Morais. Nos órgãos sociais, destaque para o facto de saírem da equipa de gestão Maria Celeste Hagatong e Manuel Ferreira da Silva. Além do CEO Pablo Forero, a Comissão Executiva, que emana do Conselho de Administração, conta com José Pena do Amaral, Pedro Barreto, João Oliveira Costa, Alexandre Lucena e Vale, António Farinha de Morais, Francisco Manuel Barbeira, Ignacio Alvarez Rendueles e Juan Ramon Fuertes. O número máximo de membros da Comissão Executiva vai passar de nove para onze.

Em relação ao Conselho de Administração proposto pelo CaixaBank é de notar que para além de Fernando Ulrich (presidente) e de Pablo Forero (vice-presidente), mantém-se António Lobo Xavier (vice-presidente), e entram: Alexandre Lucena e Vale, António Farinha de Morais, Carla Bambulo, Francisco Manuel Barbeira, Gonzalo Gortázar, Ignacio Alvarez Rendueles, Javier Pano. Mantendo-se João Oliveira Costa, José Pena do Amaral,  Juan Antonio Alcaraz, Juan Ramon Fuertes, Lluis Vendrell, Pedro Barreto, Tomás Jervell e Vicente Tardio.

Saem Armando Leite de Pinho, Carlos Moreira da Silva e Mário Leite da Silva.

Na AG será ainda eleito o advogado da Morais Leitão, Carlos Osório de Castro, como presidente da Mesa. Na agenda está também a fixação das remunerações dos administradores.

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