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Alemanha diz que Trump marca fim de uma era e prevê tempos incertos

Ministro alemão diz que numa mudança de poder existem “incertezas, dúvidas e pontos de interrogação”, mas adverte que muito mais está em jogo “nestes tempos de uma nova desordem global”.
  • Fabrizio Bensch/Reuters
22 Janeiro 2017, 14h31

O chefe da diplomacia alemã, Frank-Walter Steinmeier,  declarou que a chegada ao poder de Donald Trump marca o fim de uma era e que Berlim irá avançar prontamente para salvaguardar “uma cooperação transatlântica estreita e confiante” com a nova administração americana.

Num artigo publicado hoje no jornal alemão Bild, o ministro dos Negócios Estrangeiros alemão escreveu que “com a eleição de Donald Trump, o velho mundo do século XX finalmente acabou” e previu tempos incertos: “Como o mundo de amanhã será, ainda não está definido”.

Steinmeier referiu que quando acontece uma mudança de poder existem “incertezas, dúvidas e pontos de interrogação”, mas advertiu que muito mais está em jogo “nestes tempos de uma nova desordem global”.

Sobre a relação direta com Washington, Frank-Walter Steinmeier indicou que Berlim pretende salvaguardar “uma cooperação transatlântica estreita e confiante sustentada em valores comuns” com a nova administração americana.

O chefe da diplomacia alemã também referiu que pretende promover com Washington o livre comércio e esforços conjuntos contra o extremismo.

Steinmeier afirmou ter a certeza de que a Alemanha vai “encontrar interlocutores em Washington que saibam que os países grandes também precisam de parceiros”.

No sábado, a chanceler alemã, Angela Merkel, manifestou confiança de que as relações transatlânticas vão continuar a ser importantes com Donald Trump na Presidência dos Estados Unidos e disse que a Alemanha irá trabalhar nesse sentido no seio do G20, grupo que reúne as 20 economias mais ricas e emergentes do mundo. A Alemanha sucedeu à China na presidência do G20.

“As relações transatlânticas não irão ter menos importância nos próximos anos. Vou trabalhar para isso”, disse Merkel.

Numa recente entrevista, Trump manifestou o seu respeito pela chanceler, que classificou como uma “grande líder”, mas disse que Merkel cometeu um “erro catastrófico” ao abrir as fronteiras da Alemanha a migrantes e refugiados.

 

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