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As frases mais marcantes do debate entre cinco candidatos à Câmara Municipal de Lisboa

“Transforma-se um debate numa entrevista de quatro contra um, mas vamos a isso com gosto,” queixou-se o incumbente Fernando Medina, a meio da contenda que gravitou (com sucessivos momentos de bizarria política) em torno da cantora e atriz norte-americana Madonna. Os cinco candidatos apenas concordaram nas prioridades: habitação, transportes e turismo.
31 Agosto 2017, 00h08

Fernando Medina (PS):

“A Câmara Municipal de Lisboa neste mandato comprou mais património do que aquele que vendeu.”

“A governação de uma Câmara Municipal como a de Lisboa não se pode fazer sozinha.”

“Durante anos, a prioridade foi a habitação social. Hoje, a prioridade é a habitação para as classes médias.”

“O que separa Paris de Lisboa é a percentagem de deslocações feitas com transporte individual.”

“A resposta não são menos turistas, são mais transportes.”

 

Teresa Leal Coelho (PSD):

“O Executivo camarário do PS, que está na cadeira de presidente há 10 anos, e com maioria absoluta há oito anos, nunca considerou a necessidade de criar condições para que as pessoas que querem viver em Lisboa aqui vivam.”

“A Câmara Municipal de Lisboa vendeu 500 milhões de euros em património nos últimos 10 anos.”

“A degradação em matéria do serviço que é prestado nos transportes da cidade de Lisboa tem sido visível.”

“Tenho a certeza de que Madonna não veio para Lisboa para viver num T2. Madonna não veio para Lisboa para ficar uma hora dentro do carro para levar os filhos à escola. Terá com certeza dinheiro para comprar um T2. Não sei se Fernando Medina sabe quanto custa hoje um T2.”

“A EMEL tem funcionado como um banco para financiar este capricho de reverter a concessão da Carris.”

 

Assunção Cristas (CDS-PP):

“Para nós a grande questão é a mobilidade e a segunda questão é a da política social.”

“O PS na autarquia não teve nenhuma política de habitação durante 10 anos.”

“O turismo é positivo para a nossa cidade. Lisboa era uma cidade global no século XVI, é uma questão identitária. A minha cidade sempre foi uma cidade aberta a todos.”

“Lisboa não tem uma rede de metro adequada às população que serve.”

“Fernando Medina tem projeto para elites e para obras de cosmética nas salas de visita da capital.”

 

João Ferreira (CDU):

“Estamos a fechar um ciclo de 10 anos de governação do PS, oito dos quais com maioria absoluta. É este balanço que os lisboetas são chamados a fazer.”

“Era difícil encontrar alguém que simbolizasse tanto o ataque ao direito à habitação em Lisboa como [Assunção Cristas].”

“Lisboa é hoje uma cidade marcada por profundos contrastes.”

“O objetivo de retirar carros da cidade é contraditório face ao modelo de viabilização da Carris.”

“Agora a taxa cobrada aos turistas dá para tudo, mas não pode dar para tudo. É demagógico dizer que com esse dinheiro vamos construir isto e aquilo. É uma taxa que pressupõe que há um serviço de volta.”

 

Ricardo Robles (BE):

“Os transportes em Lisboa são uma prioridade porque estão à beira do colapso.”

“É preciso investir onde não há transportes públicos.”

“O turismo está a crescer e para crescer precisa de regras.”

“Alugar casas exclusivamente a turistas é turismo habitacional e tem de ter quotas.”

“Os lisboetas podem esperar do BE uma campanha que trata com seriedade os problemas da cidade: na habitação, nos transportes, na transparência. As negociatas não podem continuar.”

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