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“Ataquem”: Península Ibérica na mira do Estado Islâmico

Em Espanha existem cerca de 200 cidadãos radicalizados e mais de 800 pessoas estão a ser investigadas por alegadas ligações ao autoproclamado Estado Islâmico.
23 Janeiro 2017, 16h07

Os serviços secretos de Espanha afirmam ter intercetado nos últimos meses cada vez mais mensagens do autoproclamado Estado Islâmico a apelar à persecução de atentados terroristas na Península Ibérica. Segundo os serviços secretos espanhóis, só no país existem cerca de 200 cidadãos radicalizados e mais de 800 pessoas estão a ser investigadas.

De acordo com o jornal espanhol El Mundo, o apelo a ataques é o tema mais repetido das missivas intercetadas pelas autoridades. “Ataquem, ataquem, ataquem”, escrevem os cidadãos espanhóis que foram juntar-se às fileiras do autoproclamado Estado Islâmico.

As autoridades espanholas temem eventuais ataques dos chamados “lobos solitários”, como já aconteceu em outros países da Europa, como na França, na Alemanha ou na Turquia.

No passado dia 16 de janeiro foi detido pela polícia espanhola um professor de boxe, residente em Espanha, suspeito de enviar combatentes estrangeiros para as filheiras do Daesh em Marrocos, onde recebiam treino militar para atacarem mais tarde na Europa.

A ideia de atacar na Europa trata-se de uma estratégia do autoproclamado Estado Islâmico para que a comunidade europeia mobilize a sua força militar para dentro das suas fronteiras e ponha de lado a luta em território controlado pela organização terrorista. Ao mesmo tempo, os extremistas islâmicos tencionam recuperar o território do califado na Europa dos tempos medievais.

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