As autoridades francesas que investigam a alegada participação da PSA no falseamento de resultados de testes de controlo de emissões encontraram software suspeito em dois milhões de automóveis vendidos pela Peugeot e pela Citroën, adianta o francês Le Monde.
À Reuters, e em resposta à notícia, a PSA negou, através de um porta-voz, qualquer acusação de ter utilizado software fraudulento nos seus automóveis, mas não impediu que as suas ações descessem a pique. Às 10h19m de hoje, a descida era de 4,4%, para os 17,78 euros.
As acusações que pendem sobre o construtor francês remontam a fevereiro passado, altura em que a PSA se tornou o quarto construtor referenciado pelas autoridades francesas por suspeitas de fraude nos testes de controlo de emissões, seguindo-se à Volkswagen, à Renault e à Fiat Chrysler.
Na altura, o principal responsável pela engenharia dos modelos do grupo reconheceu que o tratamento das emissões nos modelos Diesel do grupo era deliberadamente reduzido a temperaturas mais elevadas, com o objetivo de diminuir os consumos e emissões de CO2 em ambiente extraurbano, quando o output de óxidos de azoto é menos crítico.
O Le Monde menciona um documento interno da PSA – a que as autoridades francesas terão tido acesso – que discute a necessidade de “tornar o aspeto ‘defeat device’ menos óbvio e visível”. Apesar disso, a PSA insiste que não existe nada de fraudulento ou ilegal acerca da calibração dos seus motores: “A PSA nega qualquer fraude e reafirma firmemente a pertinência das suas decisões tecnológicas.”
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