Segundo analistas consultados pela Bloomberg, o Banco Central Europeu deverá anunciar na reunião do Conselho de Governadores, marcada para a próxima quinta-feira, que o programa de compra de ativos deverá prolongar-se depois de março, o que poderá significar a sua extensão por mais seis meses, até setembro, ao ritmo de 80 mil milhões de euros por mês.
Franck Dixmier, Global Head of Fixed Income da Allianz Global Investors, acrescenta: “Vai manter esta orientação acomodativa por duas razões. Em primeiro lugar, nas últimas duas ou três semanas, as comunicações do BCE têm-se focado, de forma consistente, nos números decepcionantes da inflação. Em segundo lugar, a atual volatilidade do ambiente político não apresenta quaisquer sinais de acalmia. Apesar da decisão da Áustria de não eleger um candidato de extrema-direita, o voto ‘Não’ italiano abre caminho à instabilidade continuada na Zona Euro.”
O programa de compra de obrigações da dívida soberana do BCE fixar-se-à no valor de 1,7 milhões de milhões de euros até março. A autoridade monetária europeia pode apenas comprar obrigações com ‘yields’ acima das suas taxas de depósito de -0,4%.
“Na nossa reunião de política monetária em dezembro avaliaremos as várias opções que permitirão ao conselho do BCE manter o elevado nível de política acomodatícia para assegurar a convergência sustentada da inflação para níveis abaixo, mas perto dos 2% a médio prazo”, disse Mario Draghi, que falava no Parlamento Europeu no final do mês passado.
Taguspark
Ed. Tecnologia IV
Av. Prof. Dr. Cavaco Silva, 71
2740-257 Porto Salvo
online@medianove.com