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Bolsa de Milão penalizada por resultado do referendo, Europa imune ao ‘Não’

A bolsa de Milão está a ser castigada pelo referendo que levou à demissão de Matteo Renzi, mas a maioria das bolsas europeias imunes ao resultado. Taxas de dívida italiana e portuguesa disparam.
  • Stringer/Reuters
5 Dezembro 2016, 08h10

Renzi estava no fio da navalha e acabou por cair com a vitória do ‘Não’ no referendo constitucional, levando mesmo à demissão do primeiro-ministro italiano. O índice italiano desce 0,8%, após ter afundado mais de 2% na abertura, enquanto a maioria das principais praças europeias está a subir.

Assim, o Stoxx 600 ganha 0,7% e o alemão Dax valoriza 1,11% e Paris aumenta 0,5%. Também Lisboa, que abriu no vermelho, sobe agora 0, 2%. Do lado dos ganhos, destaque para a subida de 0,8% da Jerónimo Martins e de 2,4% da Semapa.

Em sentido contrário, o BCP lidera as quedas com uma descida de 0,7% e a NOS recua 0,4%.
A demissão de Renzi lança a terceira maior economia da zona euro num turbilhão político e levanta dúvidas quanto ao futuro da própria zona euro, dado que a queda do governo italiano poderá ter um impacto muito negativo no frágil sistema bancário do país.

Nas últimas três semanas, os investidores globais removeram 100 milhões de euros dos fundos ialianos.
O índice MIB desceu 18% em 2016, enquanto o ‘gap’ entre as Obrigações italianianas e a ‘bunds’ alemãs aumentaram de 93 para 163 pontos base desde o início do ano. Hoje, a ‘Yield’ italianas com maturidade a 10 anos sobe 12 pontos base para os 2,020%.

Já a equivalente das Obrigações portuguesas agrava 11 pontos base para 3,81%.

O euro, depois de ter atingido mínimos de 2015 esta madrugada, deprecia agora 0,6% para os 1,06 dólares.

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