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Coreia do Norte avisa que “guerra nuclear pode acontecer a qualquer momento”

O país asiático é um “potência nuclear de pleno direito”, defende Kim Em Ryong, vice-embaixador da Coreia do Norte nas Nações Unidas.
17 Outubro 2017, 09h29

A Coreia do Norte advertiu que uma guerra nuclear “pode acontecer a qualquer momento”, uma vez que os Estados Unidos da América (EUA) e a Coreia do Sul começaram uma das maiores ações navais conjuntas nas costas leste e oeste da península.

Kim Em Ryong, vice-embaixador da Coreia do Norte nas Nações Unidas, disse na passada segunda-feira que a sua nação tornou-se uma “potência nuclear de pleno direito”, e advertiu que “toda a área dos EUA está dentro do nosso campo de alcance”. Ryong apelidou ainda a Coreia do Norte como “um estado nuclear responsável”. “Enquanto mais nenhum país participar em ações militares dos EUA contra o DPRK [nome forma da Coreia do Norte], não temos intenção de ameaçar ou usar armas nucleares contra qualquer outro país”, disse Kim Jong-un, citado pela Bloomberg.

O país norte coreano já tem vindo a fazer comentários semelhantes ao longo dos últimos meses, à medida que as tensões aumentam com a administração de Donald Trump.

“O que eles  [norte-coreanos] estão a fazer, e sempre fizerem, é um buff extremo, porque acham que, se alguém se preocupar com o que estão a dizer, isso pode deter a ação dos aliados Coreia do Sul/EUA”, disse Bruce Bennett, analista sénior de defesa da Rand Corporation, numa entrevista à Bloomberg TV. “O problema é que a Coreia do Norte está habituada a usar palavras muito extremas para dissuadir, através de buff, mas agora ficaram chocados ao perceber que os americanos estão a fazer uma abordagem semelhante”, frisou.

O presidente dos Estados Unidos já disse que o uso de força militar é uma opção para parar Kim, e descartou conversas com Pyongyang. Uma guerra de palavras aumentou entre os dois líderes nas últimas semanas. Trump chamou Kim de “little rocket man” e avisou a ONU de que os EUA “vão destruir completamente” a Coreia do Norte, se atacar.

A Coreia do Sul está a preparar-se para outro possível lançamento de míssil por parte do vizinho, esta semana, como forma de protesto contra a ação naval dos EUA e da Coreia do Sul, que incluí um porta-aviões americano e um submarino.

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