O lucro da EDP totalizou 1.147 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2017, um aumento de 86% face a igual período de 2016, anunciou hoje a elétrica liderada por António Mexia.
Sem o impacto de eventos não recorrentes, nomeadamente a venda da empresa de distribuição de gás em Espanha, Naturgas, por 2,6 mil milhões de euros, o resultado líquido da EDP caiu 4% para 633 milhões de euros, que compara com os 661 milhões de euros do mesmo período do ano passado.
Até setembro, o EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) fixou-se nos 3.269 milhões de euros, um acréscimo de 13% face aos 2.893 milhões de euros de igual período de 2016, e expurgados dos impactos não recorrentes baixou 4%, “refletindo essencialmente a desconsolidação da atividade de distribuição de gás em Espanha, a partir de 27 de julho de 2017”. A EDP explica que apesar da sua capacidade de produção ter aumentado, o grupo enfrentou “condições atmosféricas extremamente secas nos primeiros nove meses do ano contra uma hidraulicidade excecionalmente elevada nos primeiros nove meses de 2016”.
Apesar do aumento dos lucros, a EDP sofreu uma queda de 3% na margem bruta do grupo, que se cifrou nos 4,122 mil milhões de euros.
A dívida líquida caiu 5%, tendo passado de 15,9 mil milhões de euros em dezembro de 2016 para 15,1 mil milhões de euros em setembro de 2017. A redução da dívida é impactada essencialmente pela venda da Naturgas. A venda da espanhola Naturgas ficou fechada em março deste ano, pelo montante de 2,5 mil milhões de euros. A empresa de eletricidade garantia, na altura, que o negócio teria um impacto de cerca de 2,3 mil milhões de euros na redução da dívida líquida da EDP em 2017.
(atualizada)
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