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Estado Islâmico quer luta até à morte por Mossul

Abu Bakr al-Baghdadi pede aos jihadistas que “não enfraqueçam” a luta pela defesa da cidade iraquiana de Mossul e pede que “causem estragos” na Turquia e na Arábia Saudita.
3 Novembro 2016, 15h23

O líder do autoproclamado Estado Islâmico (EI), Abu Bakr al-Baghdadi, diz-se confiante na vitória islamita e apela aos combatentes das fileiras da organização terrorista que “causem estragos” e lutem até ao fim pela defesa da segunda maior cidade iraquiana.

Numa gravação de áudio divulgada esta quinta-feira nas redes sociais, al-Baghdadi pede à população da província de Nineveh, em Mossul, para “não enfraquecer” a luta contra os “inimigos de Deus”.

Abu Bakr al-Baghdadi considera que a ofensiva contra Mossul protagonizada pelas forças iraquianas, apoiadas pela coligação internacional, é como uma guerra contra o islão xiita, pelo que deve ser combatida.

“Esta furiosa batalha e guerra total e a grande jihad que o Estado Islâmico está hoje a combater só aumenta a nossa crença de que tudo isto é um prelúdio para a vitória”, afirma al-Baghdadi. E acrescenta: “saibam que o valor de ficarem na vossa terra com honra é mil vezes melhor do que o preço de regressar com vergonha”.

Ao décimo oitavo dia da ofensiva contra Mossul, o líder jihadista pede ainda aos resistentes que ataquem também a Turquia e a Arábia Saudita por terem entrado na guerra contra o Estado Islâmico e por seguirem uma versão “errada” do islão. “Transformem as noites dos incrédulos em dias para conseguir causar estragos nas suas terras e fazer o seu sangue correr como rios”.

Esta segunda-feira, as tropas iraquianas conseguiram entrar na zona leste da cidade de Mossul. A operação militar para reconquistar a proclamada capital do califado do auto-designado Estado Islâmico está agora numa fase crítica. De acordo com a Reuters, estima-se que milhares de membros do EI estejam escondidos em Mossul e tenham armadilhado a cidade com explosivos. Esperam-se combates sangrentos e prolongados durante os próximos dias. Se Mossul cair, o último grande bastião do EI na região será Raqqa, na Síria.

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