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EUA expulsam 35 diplomatas russos em resposta a ciberataques

Alegados ataques informáticos durante as eleições provocaram uma decisão forte de Barack Obama. Ainda não se sabe se Trump vai reverter as medidas.
29 Dezembro 2016, 20h59

As alegadas interferências da Rússia nas eleições presidenciais norte-americanas de novembro instigaram o presidente Barack Obama a expulsar 35 diplomatas russos e a sancionar nove entidades e indivíduos.

Num comunicado emitido hoje, Obama informou que as ações vêm em resposta à perseguição “agressiva” a norte-americanos e a operações cibernéticas que visaram os EUA.

Adiantou que “emitiu uma ordem executiva que fornece autoridade adicional para responder a certos tipos de atividade cibernética que visam interferir ou minar o nosso processo eleitoral e instituições, ou os dos nossos aliados e parceiros”

“Todos os americanos devem ficar alarmados com as ações da Rússia”, sublinhou.

Obama adiantou que, usando esses novos poderes, sancionou nove entidades e indivíduos:  a GRU e o FSB, duas agências russas; quatro agentes da GRU; e três empresas que forneceram apoio material às operações.

O presidente americano, que acusa a Rússia de violar as normas do sistema internacional,  também decidiu encerrar duas instalações russas responsáveis pela recolha de informações nos estados de Maryland e Nova Iorque.

Segundo Obama, os diplomatas norte-americanos em Moscovo foram perseguidos pela polícia russa e pelas entidades de segurança durante este ano. Apelou ainda aos aliados internacionais para cooperarem na oposição “aos esforços russos no que minam as normais internacionais estabelecidas” e de “interferem na governança democrática”.

Obama frisou que os 35 agentes  são agora “persona non grata” nos EUA.

O chefe do Estado norte-americano já tinha anunciado intenções de tomar medidas na sequência dos alegados ataques informáticos durante as eleições.

Segundo a Reuters, ainda não é claro se o presidente-eleito Donald Trump, que tem repetidamente elogiado o presidente russo Vladimir Putin e nomeado pessoas vistas como próximas de Moscovo para postos importantes na nova administração, irá reverter as medidas anunciadas hoje. Trump toma posse a 20 de janeiro.

 

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