A Reserva Federal dos EUA subiu as taxas de juros pela primeira vez este ano, em 0,25 pontos percentuais, e reviu em alta as previsões para os custos do crédito em 2017, adiantando que as expectativas sobre a inflação aumentaram “consideravelmente”.
No comunicado emitido após a reunião de dois dias do Federal Open Market Committee, os decisores explicam que a subida com “as realizadas e esperadas condições no mercado do trabalho e na inflação”.
Adiantaram que “a política monetária suporta algum fortalecimento das condições no mercado do trabalho, e um regresso da inflação aos 2%”.
Os decisores do banco central prevêem agora três novas subidas nas taxas em 2017, face a uma previsão de duas na última reunião, em setembro. Estas previsões são baseadas na mediana das estimativas dos 17 membros da Fed.
A decisão sobre as taxas de juros foi unânime entre os membros pela primeira vez desde Julho, e eleva o alvo para o ‘federal funds rate’, ou seja a taxa de empréstimos ‘overnight’ entre bancos, para um intervalo de 0,5% e 0,75%, o que em princípio fará subir ligeiramente os custos do crédito para consumidores e empresas, e beneficiará as poupanças.
O presidente-eleito, Donald Trump, prometeu cortes nos impostos e investimento nas infraestruturas para fomentar o crescimento, mas as taxas mais altas poderão contrabalançar o impacto desses estímulos.
O aumento das taxas era, no entanto, dado como garantido, com todos os 103 analistas consultados pela Bloomberg a preverem essa decisão.
As projeções do Fed demonstraram poucas alterações às divulgadas em setembro. O banco central espera agora que a economia norte-americana cresça 2,1% em 2017, uma ligeira revisão dos 2% previstos em setembro.
(em atualização)
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