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Fosun fica maior acionista do BCP com 16,7% por 175 milhões

O investimento dos chineses para ficar com 16,7%, em colocação particular (private placement) soma 175 milhões de euros, abaixo dos 236,1 milhões previstos inicialmente.
  • Rafael Marchante/Reuters
20 Novembro 2016, 12h15

A Fosun entra no BCP a 1,1089 euros por ação, abaixo do preço máximo previsto inicialmente que era de 1,5 euros por ação (2 cêntimos antes do reverse stock split). O registo da aquisição das ações por colocação privada deverá ser formalizado amanhã segunda-feira, soube o Jornal Económico.

O BCP acaba de comunicar ao mercado que aprovou em Conselho de Administração, “em conformidade com a deliberação da Assembleia Geral de 21 de abril de 2016 relativa à supressão do direito de preferência dos acionistas” uma deliberação de aumento do capital do BCP, “de  4.094.235.361,88 euros para 4.268.817.689,20 euros, através da colocação privada de 157.437.395 novas ações, com subscrição pela Chiado, com um preço de subscrição de € 1,1089 por cada nova ação. O aumento de capital acima mencionado por colocação particular foi já subscrito pela Chiado, tendo já sido solicitado o registo junto da competente Conservatória de Registo Comercial em 18 do corrente mês e, em consequência, o capital social do BCP passou agora a ser de  4.268.817.689,20 euros, representado por 944.624.372 ações ordinárias, escriturais, sem valor nominal. As novas ações ordinárias, cuja admissão à negociação no Mercado Regulamentado Euronext Lisbon será solicitada, conferirão aos seus titulares os mesmos direitos que os das ações existentes”.

A venda está feita, através de um aumento de capital reservado ao grupo que detém a Fidelidade e a Luz Saúde em Portugal.

A Fosun paga 1,1089 euros por cada acção do BCP, num investimento total de 175 milhões de euros tornando-se no maior acionista com 16,7% do capital. A Sonangol tinha 17,84%, mas dilui nesta operação e passa a ter 15%.

Em declarações ao Jornal Económico, a Fosun disse que a sua entrada no capital do BCP “representa um passo importante para a consolidação da estratégia de internacionalização do Grupo Fosun”, pois “vemos este momento como o início de uma jornada com vista a dotar o Banco de condições que permitam tirar partido do seu enorme potencial”.
O novo acionista de referência chinês elogiou a administração de Nuno Amado, “sem a enorme determinação da Administração do BCP e o apoio dos accionistas de referência do Banco não teria sido possível enfrentar a complexidade desta operação”.
“A Fosun corresponderá a esta manifestação de boas-vindas através de um apoio ativo na formulação de propostas de valor para o robustecimento do Banco e desenvolvimento da sua estratégia de longo prazo”, diz a Fosun em nota enviada às redações.

(em actualização)

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