Mas a nova aliança tem ramificações anteriores: não é por acaso que Trump foi um dos poucos políticos (fora do núcleo da direita popular europeia) que aplaudiu a vitória do Brexit no referendo britânico de há meses.
Na sequência desse inesperado resultado, os britânicos não podiam estar mais interessados na renovação da aliança com os seus ‘velhos’ aliados: com as portas da União Europeia a fecharem-se cada vez mais, os britânicos voltam-se novamente para o outro lado do Atlântico.
Trump, que deixou bem claro não contar com Bruxelas para coisa nenhuma, prometeu um acordo “muito rápido” com a Grã-Bretanha, para firmar oportunidades fora do mercado único europeu.
Mas a aliança não tem o aplauso de toda a nação britânica: nos ‘media’, diversos especialistas e agentes económicos (especialistas em comércio internacional, líderes de empresas e responsáveis sindicais) têm vindo a advertir que, mesmo que um acordo com os Estados Unidos fosse alcançado rapidamente, ofereceria pouco a Londres enquanto praça financeira internacional, seria insignificante para a indústria e provavelmente prejudicaria a agricultura britânica. Sean McGuire, diretor da Confederação da Indústria Britânica, foi um deles. Citado por vários ‘media’, aquele responsável alertou para a evidência de que a rapidez com que os Estados Unidos querem chegar a um acordo com os britânicos não é uma boa notícia. “O diabo está nos detalhes”, enfatizou, para pedir cuidado e ponderação ao governo de May.
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