A inflação na zona euro acelerou em fevereiro para os 2%, de acordo com o Índice de Preços no Consumidor (IPC) divulgado esta quinta-feira pelo Eurostat. Os dados provisórios comparam com uma taxa de inflação de 1,8% em janeiro.
Desde janeiro de 2013 que a taxa de inflação não ultrapassava a meta do Banco Central Europeu (uma inflação próxima, mas abaixo de 2%). A estimativa corresponde à previsão dos analistas contactados pela Reuters que apontavam para uma inflação na zona euro a situar-se nos 2%.
A aceleração dos preços em fevereiro foi impulsionada principalmente pelo setor energético, que “se espera que tenha a mais alta taxa em fevereiro (9,2% em comparação com 8,1% em janeiro)”, refere o relatório.
Seguem-se “os bens alimentares, álcool e tabaco (2,5% em comparação com 1,8% em janeiro), serviços (1,3% em comparação com 1,2% em janeiro) e bens industriais não-energéticos (0,2% em comparação com 0,5% em janeiro)”.
Este aumento dos preços nos países do euro é uma preocupação para Mario Draghi, presidente do Banco BCE, que já avisou que a inflação é um fator preponderante para ajustar o programa de estímulos do banco central.
O valor da compra de ativos diminui para 60 mil milhões de euros mensais depois deste mês, sendo que o objetivo é que o programa dure até final do ano, ou até que a inflação da zona euro ficasse próxima da meta. A aceleração dos preços intensifica, assim, as pressões para que Mario Draghi inverta a política monetária e comece a subir as taxas de juro.
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