Maria Luís Albuquerque desconfia da criação de novos impostos, para fazer face a novas necessidades, o que considera “dramático”. Em entrevista à TSF a vice-presidente do PSD explica a sua desconfiança: “Quando aumentamos impostos indiretos generalizadamente e dando, sobretudo, essa perceção de que a cada nova reivindicação dos partidos que apoiam o Governo, e que seja necessária para assegurar a sua sobrevivência, será desencantado um novo imposto sobre qualquer coisa”, considerou.
A ex-ministra das Finanças vinca ainda que “há novos impostos a serem criados para fazer face a exigências que vão surgindo e, portanto, sabendo nós que as exigências vão continuar, a perceção que temos é que há-de haver outros impostos para satisfazer essas exigências. E isso do ponto de vista da confiança é dramático”.
Para a vice-presidente do PSD, as consequências são claras: “a desconfiança, a incerteza, a instabilidade que isso introduz na formação de expectativas dos agentes económicos, consumidores e investidores, é algo que nos parece profundamente indesejável”.
Maria Luís Albuquerque defende ainda que falta estratégia e ambição ao Orçamento do Estado (OE) para 2017, que só pensa a “curtíssimo prazo”, mas diz que o PSD ainda vai decidir a forma como vai tratar o OE no debate da especialidade.
Quanto à sobretaxa do IRS, a responsável acusa o Governo de “ilusão” e “trafulhice”: “Existe uma lei que está em vigor, e tanto quanto sei não foi revogada, que diz que a sobretaxa acaba a 31 de dezembro deste ano. Aquilo que o orçamento nos diz é que não, é que ela continua durante todo o ano de 2017 e que vamos ter uma coisa estranhíssima que são tabelas de retenção que são ajustadas ao longo do ano para parecer que ela desaparece. (…) Portanto, isto é uma tentativa de ilusão. Enfim, uma trafulhice”, afirmou.
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