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Merkel defende a integração da Air Berlin na Lufthansa

Apesar das reticências da Concorrência, a segunda maior companhia aérea da Alemanha venderá provavelmente parte das suas áreas de negócio à Lufthansa, o seu principal concorrente na Alemanha, avança o El Economista.
18 Agosto 2017, 18h40

Apesar da Direção da Concorrência ter dito que a operação “poderia interferir com a livre concorrência do mercado”, a chanceler alemã Angela Merkel mostrou-se favorável ao negócio, avança o El Economista.

Depois de declarada insolvente, na terça-feira, a segunda maior companhia aérea da Alemanha venderá provavelmente parte das suas áreas à Lufthansa, o seu principal concorrente até à data. Isto apesar do presidente-executivo da Air Berlin, Thomas Winkelmann, ter dito ao jornal de Frankfurt, o Frankfurter Allgemeine, que há duas outras empresas interessadas na aquisição, que não nomeou, embora já tenham sido apontadas as easyJet e a Condor.

A controvérsia saltou para a ribalta não por causa do resgate (de 150 milhões de euros) alemão à Air Berlin, mas porque, se a Lufthansa ficar com parte dos seus negócios isso poderá interferir na livre concorrência entre as companhias aéreas. Isto mesmo foi dito na quinta-feira pela responsável pela comissão anti-trust alemã, Achim Wambach.

Apesar das dúvidas da Concorrência alemã, o caminho parece aberto para a Lufthansa, uma vez que a compra é suportada pelas instituições.

O ministro alemão dos Transportes, Alexander Dobrindt, disse ao jornal Rheinische Post que “é preciso uma grande companhia alemã e por isso é importante que a Lufthansa fique o quanto antes com parte da Air Berlin”. Outra das dúvidas que surgem é se este resgate deverá ser assumido pelo contribuinte alemão, algo que Angela Merkel desmentiu numa entrevista, afirmando que “com quase total segurança não deverá ser assumido pelos contribuintes alemães”.

Por sua vez, a Lufthansa disse que apoia a decisão do governo alemão de injetar capital para manter a empresa a operar durante os primeiros três meses da sua reestruturação. E também garante que todos os vôos operados pela Air Berlin serão mantidos graças ao acordo de arrendamento de aeronaves e pessoal de bordo entre a Eurowings e a Austrian Airlines (da qual a Lufthansa é proprietária).

Bruxelas está de vigia a esta operação. O resgate da Air Berlin está na mira da Comissão Europeia (CE). O organismo abriu uma investigação às ajudas de 150 milhões de euros que o Governo alemão deu à companhia aérea insolvente para assegurar a sua sobrevivência durante três meses.

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