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Mike Pompeo confirmado como novo diretor da CIA

O deputado republicano do estado do Kansas vai ter desafios como a segurança informática do país, a ambição nuclear da Coreia do Norte e a ameaça terrorista do autoproclamado Estado Islâmico.
24 Janeiro 2017, 12h50

O Senado norte-americano confirmou esta segunda-feira a nomeação de Mike Pompeo para o cargo de diretor da CIA, depois de ter sido nomeado por Donald Trump para fazer parte da nova administração da Casa Branca.

O deputado republicano do estado do Kansas foi eleito com 66 votos a favor e 32 contra, tendo conseguido no Senado um forte apoio dos adversários democratas.

Mike Pompeo vai assumir a presidência da agência de inteligência norte-americana, numa altura em que esta atravessa um momento crítico, devido à intervenção cada vez maior da política nos serviços secretos, que em tempos não fazia parte do debate dos candidatos presidenciais nas eleições.

“Quero lembrar que o país continua a enfrentar grandes ameaças e que os terroristas não estão a premir o botão de pausa”, afirmou no Senado, o republicano do Texas John Cornyn, numa declaração a favor de Mike Pompeo. “O presidente precisa de um gabinete de segurança nacional e precisa especialmente do diretor da CIA ao seu lado, numa posição de gabinete integral para manter o país seguro”.

Pela frente, Mike Pompeo vai ter desafios como a segurança informática do país, a ambição nuclear da Coreia do Norte e a ameaça terrorista do autoproclamado Estado Islâmico.

No entanto, a nomeação de Mike Pompeo está a a gerar polémica. Associado ao Tea Party (ala mais conservadora do Partido Republicano), Mike Pompeo defende uma política de “mão dura” para os serviços secretos. O agora empossado diretor da CIA é um defensor convicto do retorno de alguns métodos de tortura, como a de afogamento, caso esta garanta a “obtenção de informações vitais”.

Em declarações polémicas no passado, Mike Pompeo acusou ainda os líderes muçulmanos dos Estados Unidos de serem “potenciais cúmplices” do terrorismo pelo seu alegado “silêncio” contra os atentados.

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