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Ministério Público acusa novos polícias de violência na Amadora

O subcomissário e os dois agentes terão agredido violentamente um cidadão. O caso remonta ao passado mês de março e aconteceu nas instalações do tribunal da Amadora, perto da sala de testemunhas.
23 Outubro 2017, 09h00

O Ministério Público acusou um subcomissário e dois agentes da Polícia de Segurança Pública do comando da Amadora por crimes ofensa à integridade física qualificada devido a alegadamente terem agredido um homem em tribunal, conta o Diário de Notícias desta segunda-feira.

O subcomissário e os dois agentes terão agredido violentamente Eugénio S. e o cidadão denunciou-os por agressões. O caso remonta ao passado mês de março e aconteceu nas instalações do tribunal da Amadora, perto da sala de testemunhas, de acordo com a acusação. O oficial em causa, responsável por comandar a esquadra da Brandoa, é ainda acusado de crimes de falsificação de documento e de denúncia caluniosa.

A Justiça acredita que o subcomissário sabia que de um documento com “factos juridicamente relevantes, como era a denúncia da prática de um crime, que se tratava de um auto de notícia ao qual o Ministério Público, em face dele, desencadearia um processo de natureza criminal”, segundo a acusação, a que o matutino teve acesso.

“Os arguidos praticaram os factos supradescritos com flagrante e grave abuso da função em que estavam investidos e com grave violação dos deveres de isenção, zelo, lealdade, correção e aprumo, revelando, deste modo, indignidade no exercício dos cargos para que tinham sido investidos tendo, como consequência direta, a perda de confiança necessária ao exercício da função”, assinala também o Ministério Público.

Recorde-se que ainda este ano 18 polícias da esquadra de Alfragide foram acusados por crimes de tortura, sequestro, ofensa à integridade física qualificada, agravados por ódio e discriminação racial contra seis jovens negros do bairro da Cova da Moura, no concelho da Amadora. A acusação considera que os dois casos têm semelhanças.

 

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