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Moody’s e Fitch vão seguir caminho da S&P, confia Mourinho Félix

Secretário de Estado acredita que as duas agências de notação financeira irão retirar Portugal do ‘lixo’: “quer a Moody’s, quer a Fitch, estão à espera de ver o que acontece nos próximos dois meses em Portugal”.
  • Foto cedida
28 Setembro 2017, 17h15

O secretário de Estado Adjunto e das Finanças, Ricardo Mourinho Félix, está confiante que a Moody’s e a Fitch irão seguir a decisão da Standard&Poor’s e retirar Portugal do ‘lixo’ nos próximos meses.

“Penso que, uma vez aprovado o Orçamento e concluída a venda do Novo Banco, acho que há condições para a Moody’s e a Fitch seguirem a S&P”, disse Mourinho Félix, em entrevista à Reuters esta quinta-feira.

Para o secretário de Estado “quer a Moody’s, quer a Fitch, estão à espera de ver o que acontece nos próximos dois meses em Portugal” – quais as metas do Orçamento de 2018 que será apresentado ao Parlamento e confirmar a venda do ‘good bank’ Novo Banco”, em entrevista à Reuters, esta quinta-feira.

Realçou que as duas agências de notação financeira vão aproveitar “este período” para “também lhes permite ver o que acontece ao saldo orçamental para este ano e terem mais certeza sobre a evolução da economia portuguesa e a nível europeu”.

“Quando tivermos três agências em ‘investment grade’, podemos ter um nível de spread mais próximo do que é a taxa (10 anos) da economia espanhola”, frisou.

Defendeu, ainda, que Portugal tem condições de crescimento semelhantes a Espanha: “Significa ter um spread negativo para Itália, se nos aproximarmos das taxas de juro de Espanha”.

A S&P foi a primeira das três agências a colocar o país de novo em grau de investimento, realçando a melhoria da economia e das finanças públicas, ao subir o ‘rating’ para BBB-, o menor grau de investimento, com perspectiva estável, contra BB+ antes, com perspectiva estável.

 

Em setembro, a Moody’s melhorou a perspectiva de Portugal para positiva, de estável, mas manteve o rating em nível especulativo Ba1.

A Fitch deverá divulgar a próxima avaliação a 15 de Dezembro e a Moody’s no início de 2018.

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