[weglot_switcher]

Moreira da Silva agradece apoio do Governo na corrida à OCDE

O Governo diz que a escolha Jorge Moreira da Silva “é o justo reconhecimento de um relevante percurso profissional em assuntos relacionados com o desenvolvimento e o ambiente, bem como do seu inegável mérito e capacidades pessoais”.
19 Outubro 2016, 16h54

Portugal parece estar numa maré de reconhecimento internacional dos seus quadros. Desta vez é Jorge Moreira da Silva que assume o cargo de Diretor da Cooperação para o Desenvolvimento da OCDE.

“O Secretário-Geral da OCDE, Angel Gurria, acaba de formalizar o anúncio, junto dos governos dos países membros da OCDE, da decisão já tomada há 2 semanas, da minha escolha para o cargo de Diretor da Cooperação para o Desenvolvimento da OCDE, em Paris, com início de funções a 1 de Novembro de 2016” começa por dizer Jorge Moreira da Silva ex- Ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia de Portugal, na sua página do Facebook.

“Este é o tempo de passarmos à ação a nível global e sinto-me muito motivado para assumir estas funções executivas”, diz Moreira da Silva.

O responsável diz-se pronto a honrar Portugal nas novas funções na OCDE e agradece o apoio de Santos Silva na corrida à OCDE. O número dois de Passos Coelho no PSD destaca que, apesar de esta ter sido uma candidatura a “título individual”,  não pode deixar de agradecer o “apoio dado pelo ministério dos Negócios Estrangeiros, nomeadamente, da parte do ministro Augusto Santos Silva, da Secretária de Estado Teresa Ribeiro e do Embaixador Paulo Vizeu Pinheiro, representante de Portugal na OCDE”.

O Governo congratula-se com esta escolha. Em comunicado Augusto Santos Silva diz que “o Ministério dos Negócios Estrangeiros congratula-se com a eleição do Eng. Jorge Moreira da Silva para o cargo de Diretor da Cooperação para o Desenvolvimento da OCDE, uma posição cimeira na Organização e de extrema importância e visibilidade na área da cooperação internacional para o desenvolvimento”.

Na mesma nota, o Governo diz que a escolha Jorge Moreira da Silva “é o justo reconhecimento de um relevante percurso profissional em assuntos relacionados com o desenvolvimento e o ambiente, bem como do seu inegável mérito e capacidades pessoais”. “É a primeira vez que um nacional português ocupa um lugar de relevo nesta estrutura do secretariado da OCDE”, destaca ainda.

Jorge Moreira da Silva fez também questão de agradecer a Pedro Passos Coelho: “Sinto-me muito honrado por ter colaborado de forma muito próxima, tanto no PSD como no governo, no projeto liderado por Pedro Passos Coelho, por quem tenho uma grande admiração e em quem deposito as minhas maiores esperanças”.

O social-democrata diz que está “obviamente muito satisfeito com esta decisão da OCDE e com a possibilidade de voltar a participar ativamente, a nível internacional, nas políticas de desenvolvimento e cooperação, proteção ambiental e combate à pobreza”.

Dada a incompatibilidade de funções, tem de resignar, a partir de 31 de Outubro, às funções de Deputado à Assembleia da República, assim como de Primeiro Vice-Presidente do PSD (função que venho exercendo desde 2010). O que irá fazer.

O ex-ministro do governo de Passos Coelho e Paulo Portas agradeceu aos militantes e dirigentes nacionais, distritais e concelhios do PSD e aos eleitores do círculo eleitoral de Braga, cuja lista encabeçou nas últimas eleições legislativas, “todo o apoio que sempre me foi dado”, diz.

“Prosseguirei agora noutras funções o propósito de servir o interesse público, numa opção que é aliás consistente com todo o percurso de serviço público, tanto nacional como internacional, a que me tenho dedicado nos últimos 20 anos”, diz o ex-governante.

Jorge Moreira da Silva foi escolhido para Diretor da Cooperação para o Desenvolvimento da OCDE, com o nível de direção A7 (o mais elevado da OCDE), “na sequência de um processo concursal muito competitivo e que envolveu cerca de 200 candidatos”, diz Moreira da Silva que vai liderar o Departamento de Cooperação para o Desenvolvimento, num mandato de 3 anos, renovável.

Este posto de direção tem responsabilidades de liderança das atividades da OCDE na área da cooperação para o desenvolvimento, nomeadamente, na coordenação das atividades de suporte ao Comité de Ajuda ao Desenvolvimento que junta os 29 países doadores; na liderança das missões de monitorização das políticas de ajuda ao desenvolvimento aos países membros e parceiros da OCDE; na coordenação de relatórios, estatísticas e recomendações sobre as melhores políticas de desenvolvimento e cooperação; na representação da OCDE nos esforços de articulação, no âmbito da agenda do desenvolvimento e cooperação, com outras organizações internacionais – Nações Unidas, Banco Mundial e FMI, explica na sua página do Facebook.

“Estas funções ganham um especial relevo no âmbito do novo quadro internacional, aprovado em 2015, de combate às desigualdades e à pobreza, de proteção ambiental e de dinamização da economia e emprego: a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, o Acordo de Paris para as Alterações Climáticas e o Plano de Ação de Adis Abeba para o financiamento ao desenvolvimento. Estes novos objetivos mundiais carecem agora de rápida implementação no terreno e de melhor coordenação entre as principais organizações internacionais”.

Esta é mais uma nomeação de portugueses para altos cargos internacionais. Depois de António Guterres ter sido eleito Secretário Geral da ONU.

Portugal tem ainda Vítor Gaspar como director do departamento de assuntos orçamentais FMI; Vítor Constâncio como vice-presidente do BCE; José Durão Barroso como presidente do conselho de administração do Goldman Sachs International; Maria Luís Albuquerque como administradora da Arrow Global.

 

 

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.