O candidato da direita, François Fillon, garante que não irá desistir da corrida às presidenciais francesas, apesar da investigação policial, envolvendo a mulher e o uso indevido de dinheiros públicos, de que está a ser alvo. François Fillon confirma que será presente aos juízes de instrução, para ser constituído arguido, no caso ‘Penelopegate’, no próximo dia 15 de março.
“Não vou ceder, não me vou render, não me vou retirar”, afirmou em conferência de imprensa, na sede de campanha em Paris, depois de ter adiado a visita que tinha marcado à Feira de Agricultura de Paris.
A tripla negação de François Fillon vem romper com a promessa do candidato que, em declarações à televisão TF1, anunciou que renunciaria às presidenciais se for indiciado por causa dos “empregos fictícios” da mulher enquanto sua assistente parlamentar entre 1998 e 2012. Penelope Fillon terá recebido 500 mil euros brutos durante esses oito anos sem nunca ter exercido realmente as funções para as quais estava indicada.
Quanto à data escolhida para se apresentarem em tribunal, François Fillon indica que se esta tem como objetivo “impedir” a sua candidatura às presidenciais e afirma estar a ser vítima de um “assassinato político sem precedentes”.
“Não me rendo. “Será apenas o sufrágio universal, e não uma investigação encomendada, que irá definir o meu futuro”, reitera.
A poucos meses da primeira volta às presidenciais francesas, o ‘Penelopegate’ veio baralhar a campanha eleitoral em França. Depois da reunião desta manhã de François Fillon com membros do partido, vários jornais franceses apontavam para a possibilidade de passagem de testemunho de François Fillon para o republicano Alain Juppé, uma probabilidade que já foi entretanto afastada.
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