A Pharol, acionista da Oi, encerrou os primeiros nove meses do ano com um resultado líquido negativo de 56,1 milhões de euros, em contraste com os 137 milhões registados no ano anterior.
A contribuir para os resultados apresentados hoje estão essencialmente a perda de 48,8 milhões de euros – revisão em baixa do valor de recuperação do investimento na Rio Forte -, os custos operacionais consolidados de 6,1 milhões de euros, a perda de 5 milhões no seguimento da desvalorização da opção de compra de ações da Oi – a Pharol tem uma opção de compra superior a 10% – , bem como o ganho líquido de 4,9 milhões de euros relativo à reversão da imparidade registada sobre o investimento da Oi em 225,6 milhões de euros, que compensou a apropriação dos prejuízos acumulados da Oi até setembro em 220 milhões.
O EBITDA – resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações – foi negativo e fixou-se em seis milhões de euros, registando-se uma melhoria em relação aos 16,9 milhões de euros negativos do período homólogo
“Esta redução é explicada por elevada redução de serviços de terceiros relacionados com consultoria e assessoria legal e menores custos com pessoal e menores impostos indiretos”, pode ler-se no comunicado. Os custos com pessoal ascenderam a 1,6 milhões de euros, tendo diminuído em relação aos 2,7% registados no período homólogo.
Segundo a Pharol, “na sequência das declarações dos administradores judiciais, que referiram no seu último comunicado que não se pode excluir que o arresto de bens requerido pelo Ministério Público impeça de forma prolongada, ou mesmo definitivamente, a sua recuperação e distribuição pelos credores, o montante expectável de recuperação do instrumento de dívida Rioforte foi revisto e reduzido para 9,56% do seu valor nominal”.
“Confrontada com fatores exógenos de elevado impacto na sua demonstração de resultados e na sua situação patrimonial – de que, neste terceiro trimestre, a imparidade registada no crédito sobre a Rioforte é um exemplo -, a Pharol continua fortemente empenhada em reduzir os riscos de variação de valor dos seus ativos e em controlar muito estritamente os seus custos operacionais”, afirmou Luís Palha da Silva, presidente da Pharol.
“Na Oi, a Pharol continuará a dar a sua colaboração para que o processo de recuperação judicial seja um sucesso, atendendo aos interesses de todos os diferentes ‘stakeholders’ [partes envolvidas] em presença”, continuou.
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