Mais do que nunca, Portugal, este jardim da Europa à beira-mar plantado, está na moda. Depois de ter vencido o Europeu de futebol de 2016, de ter conquistado o Festival Eurovisão da Canção, de ter visto António Guterres ser eleito Secretário-Geral das Nações Unidas, de Mário Centeno ter sido escolhido para presidir ao Eurogrupo, de Cristiano Ronaldo ter recebido a sua quinta bola de ouro, o nosso país viu o World Travel Awards atribuir-lhe a maior das distinções, considerando-o o melhor destino turístico do mundo.

Na cerimónia dos “Óscares do Turismo”, Portugal reclamou para si o prémio mais apetecido, ao mesmo tempo que Lisboa arrebatava o galardão de ‘Melhor Destino para City Break do Mundo’, pela sua atratividade e oferta de excelência no que respeita a estadias de curta duração. Verdadeiro catalisador do crescimento económico nacional, o turismo português tem, nos últimos anos, dado cartas por esse mundo fora. À tradicional autenticidade, diversidade, cosmopolitismo, história, tradição, segurança, clima e gastronomia, juntaram-se, recentemente, o profissionalismo e a inovação, capazes de catapultar o nosso país para a elite do turismo mundial.

Com recursos humanos cada vez mais qualificados e uma capacidade de inovação até há pouco ignorada, Portugal é hoje em dia uma verdadeira meca para turistas e investidores desta indústria em constante crescimento. Com uma capacidade para atrair diferentes públicos, o nosso país tem, atualmente, produtos vocacionados para os mais diversos gostos e bolsos, sendo capaz de, simultaneamente, combinar uma oferta de turismo de luxo e de turismo mais massificado.

Os empresários, nacionais e estrangeiros, têm, inquestionavelmente, sido os principais responsáveis pelo boom do turismo nacional. Mas seríamos injustos se não fizéssemos uma referência elogiosa às instituições de ensino superior e às escolas profissionais, que tanto têm melhorado na formação que ministram a um grupo crescente de estudantes; ao Turismo de Portugal, pelas acertadas políticas de promoção do nosso país, tanto fora, como dentro de portas; aos municípios, que têm contribuído para a melhoria de infraestruturas e acessibilidades potenciadoras da atividade turística, e às diversas associações ligadas ao sector do turismo, pelo seu ativismo.

Desenganem-se, no entanto, aqueles que acham que já está tudo feito, que agora que recebemos “o caneco” podemos descansar à sombra do sucesso alcançado. No turismo, como em todas as atividades económicas, parar é morrer, deixar de pedalar é pôr-se a jeito para se ser ultrapassado. Importa, pois, utilizar esta prestigiante distinção para promover, ainda mais, o setor, especialmente no exterior, utilizar a notoriedade de alguns portugueses para nos projetar além-fronteiras, continuar a apostar na melhoria da oferta formativa, não parar de inovar, descobrindo novos produtos e serviços, sendo capaz de fazer diferente e, sobretudo, melhor.

Os portugueses são manifestamente capazes. Sejamos capazes de fazer com que o nosso país, que está na moda, seja, no futuro, capaz de ditar cada vez mais as tendências da moda.