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Português ganha um dos maiores prémios de engenharia do mundo

O prémio atribuído ao vice-reitor para a Investigação e Inovação da Universidade do Minho, no valor de cerca de 400 mil euros, vai ser usado para criar modelos inovadores e funcionais de cancro em 3D.
2 Dezembro 2017, 11h04

O investigador português Rui L. Reis será galardoado a 20 de março, em Londres, no Reino Unido, pela Institution of Engineering and Technology, que conta com 170 mil membros de 150 países.

Trata-se de um dos maiores prémios internacionais na área da Engenharia, sendo os candidatos pré-selecionados por um júri. A escolha de Rui L. Reis deve-se, segundo justificação desse júri, “às suas contribuições notáveis e às décadas de investigação de excelência na área da engenharia de tecidos 3D para novos terapias regenerativas e para o desenvolvimento de modelos de doença”.

Em comunicado, a Universidade do Minho, explica que o  financiamento proporcionado por este prémio vai apoiar mais cinco anos de investigação, cujo objetivo é criar uma plataforma única de engenharia de tecidos que permita a criação de microambientes de cancro em 3D. “Estes microambientes podem ser usados como modelos funcionais de doença para testar medicamentos contra o cancro, que ainda estão a ser concebidos pela indústria farmacêutica, bem como experimentar terapias inovadoras, ainda em fase de ensaios pela comunidade médica”, explica o documento.

O cancro é a terceira causa de morte no mundo. “Um dos maiores obstáculos que os cientistas ligados ao desenvolvimento e à avaliação de novos fármacos e terapias contra o cancro enfrentam é o facto de os modelos pré-clínicos serem incapazes de prever, de uma forma fiável, se um determinado fármaco vai atuar contra o cancro e, ao mesmo tempo, ter uma toxicidade aceitável no organismo humano”, explica o também diretor do Grupo 3B’s – Biomateriais, Biodegradáveis e Biomiméticos da UMinho.

Este é o terceiro prémio atribuído em 2017 ao professor catedrático da UMinho, depois do prémio de contribuições para a literatura científica da “Tissue Engineering and Regenerative Medicine International Society” (TERMIS) e do “UNESCO Life Sciences Award”.

 

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