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Quatro mil vacas voam para o Qatar para manter reservas de leite

Até aqui o fornecimento de leite fresco para o Qatar era feito pela vizinha Arábia Saudita, mas com a crise diplomática no Médio Oriente, as ligações aéreas e marítimas, bem como as trocas de mercadorias foram barradas.
14 Junho 2017, 12h56

Um empresário vai transportar de avião cerca de quatro mil vacas para o Qatar, para preservar as reservas de leite no emirado, sendo este o maior transporte de bovino alguma vez realizado. O anúncio surge depois de na semana passada vários países do Médio Oriente terem cortado relações diplomáticas com o Qatar, o que originou uma série de problemas no fornecimento de bens essenciais para o país, incluindo o leite fresco.

Segundo avança a agência de notícias ‘Bloomberg’, o transporte das vacas será feito em 60 voos da Qatar Airways. Moutaz Al Khayyat, presidente da Power International Holding e responsável pela iniciativa, terá comprado vacas na Austrália e nos Estados Unidos, defendendo que “esta é a hora de trabalhar para o Qatar” e assegurar a entrada no país de bens necessários à autossubsistência.

Até aqui o fornecimento de leite fresco para o Qatar era feito pela vizinha Arábia Saudita, mas como a nova crise diplomática no Médio Oriente, as ligações aéreas e marítimas, bem como as trocas de mercadorias foram barradas. O mesmo está a acontecer com a importação de matérias-primas para a construção de infraestruturas para o Mundial de 2022.

O corte de relações diplomáticas com o Qatar deu-se depois de, na semana passada, cinco estados muçulmanos – o Bahrein, o Egipto, a Arábia Saudita, o Iémen e os Emirados Árabes Unidos – terem anunciado medidas extremas para pôr fim ao terrorismo, acusando o Qatar de estar a patrocinar ações terroristas em todo o mundo. O Governo de Qatar nega as acusações.

A reposição do stock nas prateleiras dos supermercados do país tem sido assegurada pela Turquia, Marrocos e Irão. “O nosso Governo garantiu que não nos faltará nada e estamos gratos por isso. Não temos medo. Ninguém morrerá de fome”, sublinha um funcionário do Governo.

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