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Sindicatos da administração pública admitem avançar para greve

As estruturas sindicais da administração pública – STE, FESAP e Frente Comum – foram recebidas esta manhã no Ministério das Finanças.
4 Abril 2017, 14h35

Os sindicatos da administração pública não estão satisfeitos com o desfecho do encontro desta manhã com os representantes do governo. À saída do Ministério das Finanças, onde se reuniram com a secretária de Estado da Administração e do Emprego Público, Carolina Ferra, não descartaram a hipótese de uma greve caso não se proceda ao descongelamento da progressão de carreira.

“Não há avanço. Não houve portaria nem diploma nenhuns para resolver a questão da precariedade. Não há perspetivas também de que em 2017 o Governo dê mostras de querer descongelar a progressão na carreira”, concluiu a presidente do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE), Maria Helena Rodrigues, em declarações à RTP.

A dirigente, que  foi a primeira a ser recebida, por volta das 10 da manhã, considerou que não houve soluções concretas e que “tendemos todos para o salário mínimo”. Da mesma forma, o presidente da Federação de Sindicatos da Administração Pública (FESAP), José Abraão, enfatizou ao canal público que gostaria “que houvesse respostas concretas no que diz respeito à constituição das comissões”. “Da nossa parte, mostramos disponibilidade para participar”, sublinhou.

Aos jornalistas, Ana Avoila, da Frente Comum, caracterizou as negociações com o Governo sobre o descongelamento das progressões na carreira como uma “farsa”. “Não aceitamos de forma alguma que o Governo faça o descongelamento de posições remuneratórias faseadas ou que com,o argumento de que está tudo congelado, meta tudo num bolo e diga que não há dinheiro”, justificou.

A reunião desta terça-feira, entre os sindicatos e o governo, teve a seguinte ordem de trabalhos: Programa de Regularização Extraordinária dos Vínculos Precários na Administração Pública (PREVPAP) e Informação sobre o descongelamento das carreiras da Administração Pública.

No Ministério das Finanças deveria ainda ter estado o secretário de Estado do Emprego, Miguel Cabrita, mas o governante faltou ao encontro por motivos pessoais, sendo representado pelas responsáveis pelo gabinete do Ministro do Trabalho e do secretário de Estado. As estruturas sindicais da administração pública deverão voltar a ser recebidas pelo Governo ainda este mês.

Recentemente, o ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva, disse que os trabalhadores com vínculos precários do Estado podem começar a pedir a avaliação da sua situação laboral junto das comissões criadas para o efeito também em abril. A regularização extraordinária dos vínculos precários na Administração Pública irá arrancar a 31 de outubro e terminar a 31 de dezembro de 2018.

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