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Teixeira Duarte pede ao Governo o estatuto de empresa em reestruturação

Segundo a Lusa, de acordo com a Teixeira Duarte, com este pedido pretende-se aumentar as rescisões “para até um máximo de 300 [saídas] em três anos”, face aos 80 trabalhadores que a quota atualmente prevê.
26 Novembro 2016, 21h45

A construtora Teixeira Duarte fez um pedido de empresa em reestruturação ao Governo, que está a ser analisado, e que poderá levar à saída de cerca de 300 trabalhadores em três anos, avança a Lusa citada pelos vários sites de notícias.

Fonte envolvida no processo disse à Lusa que o pedido foi feito pela Teixeira Duarte – Engenharia e Construções em julho e refere que a maioria dos trabalhadores é redundante na atual estrutura da empresa ou são empregos alocados a trabalhos que já terminaram.

Contactada pela Lusa, fonte oficial da construtora confirmou o pedido e explicou com a necessidade de “alargar a quota de trabalhadores possivelmente abrangidos pelo mencionado Regime Jurídico da Proteção ao Desemprego” para garantir que aqueles que venham a sair da empresa em rescisões por mútuo acordo acedam ao subsídio de desemprego.

A lei laboral permite às empresas fazerem acordos com trabalhadores com vista a uma rescisão amigável mantendo estes o direito ao subsídio de desemprego. Cada empresa dispõe assim de uma quota (que depende da sua dimensão) para estes casos, a qual pode ser excecionalmente alargada caso o solicite, alegando motivo de reestruturação, viabilização ou recuperação, tendo de obter autorização do Governo.

De acordo com a Teixeira Duarte, com este pedido pretende-se aumentar as rescisões “para até um máximo de 300 [saídas] em três anos”, face aos 80 trabalhadores que a quota atualmente prevê.

A empresa justifica o corte do quadro de pessoal com a menor procura do setor da construção, “nomeadamente de retração de investimento público”, mas também ao facto de a diversificação da atividade para vários países já não estar a ser suficiente, ao contrário do que “sucedera em outros anos”.

Além disso, acrescenta, as medidas que a empresa tomou de reorganização interna, ida para novos mercados e contenção dos custos “têm-se revelado insuficientes para garantir a manutenção de postos de trabalho em Portugal”.

O pedido é feito ao Ministério do Trabalho.

 

 

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