Terra tremeu em Itália: Magnitude idêntica ao sismo de Áquila

Os quatro sismos que abalaram Itália esta quarta-feira de manhã tiveram, de acordo com dados do Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia (INGV), magnitudes próximas do sismo de 5.9 que em abril de 2009 destruiu a comuna italiana de Áquila, vitimando 308 pessoas.

Segundo dados do Centro Sismológico Europeu-Mediterrâneo (CSEM), o primeiro sismo registado às 10h25 (menos uma hora em Lisboa), a nove quilómetros de profundidade, teve uma magnitude de 5.4 pontos na escala de Richter. Seguiu-se-lhe um outro de 5.7, desta vez a uma profundidade de 10 quilómetros, às 11h15 locais, e um terceiro de 5.6, dez minutos depois, a uma profundidade de 40 quilómetros.

Ao início da tarde a terra voltou a tremer. O quarto sismo, registado às 14h45, teve uma magnitude de 5.2 pontos na escala de Richter.

Os abalos ocorreram na região central do país, a nordeste da capital italiana, e, de acordo com peritos do Instituto de Vulcanologia Geofísica, estes terramotos foram gerados pelo mesmo sistema de falhas responsável pelo sismo de 6.2 que há seis anos atrás (24 de agosto) vitimou 299 pessoas em Amatrice.

Os abalos foram sentidos em Roma, onde a rede de metro da capital teve de ser evacuada. Vários museus e escolas suspenderam as atividades e algumas estradas e pontes fecharam por precaução.

“Felizmente, não há vítimas até agora, mas claro que estas réplicas fortes estão a alarmar as pessoas que já estiveram numa situação como esta antes”, afirmou o primeiro-ministro de Itália, Paolo Gentiloni.

No entanto, a queda de neve que se fez sentir em algumas localidades de Itália tem vindo a dificultar as operações de segurança e prevenção mobilizadas. A agência de notícias italiana Ansa dá ainda conta de que a região montanhosa de Marche pode estar em risco de avalanche devido aos fortes abalos e réplicas que ainda se fazem sentir.