A Administração Trump está a ponderar abrir uma investigação às alegadas práticas comerciais “injustas” da China. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que durante a campanha às presidenciais de 8 de novembro se referiu à China como o “inimigo número um” da economia norte-americana, volta a endurecer as críticas ao regime de Xi Jinping, com o qual se diz “desapontado” pela falta de vontade política demonstrada face à ameaça nuclear da Coreia do Norte.
A inércia da China em dar resposta às provocações do líder norte-coreano, Kim Jong-un, e em apertar as sanções económicas ao país, de que é o principal importador, estão a deixar Donald Trump impaciente. “Estou muito desapontado com a China”, escreveu o presidente dos Estados Unidos, no domingo, num dos seus desabafos habituais na sua conta na rede social Twitter. “Os nossos tontos líderes do passado permitiram que eles [a China] fizessem centenas de milhões de euros por ano com o comércio e eles NADA fazem por nós em relação à Coreia do Norte, bastava conversar”.
I am very disappointed in China. Our foolish past leaders have allowed them to make hundreds of billions of dollars a year in trade, yet…
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) July 29, 2017
…they do NOTHING for us with North Korea, just talk. We will no longer allow this to continue. China could easily solve this problem!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) July 29, 2017
“Não permitiremos que isso continue. A China poderia facilmente resolver esse problema!”, sublinha o presidente.
Face a isso, o jornal britânico ‘Financial Times’ avança que Donald Trump quer recorrer à cláusula 301 da Lei do Comércio de 1974, para impor uma série de impostos e restrições comerciais unilaterais sobre produtos estrangeiros exportados pelo gigante asiático, para proteger a indústria dos Estados Unidos de “práticas comerciais desleais”. Na longa lista de queixas contra as práticas comerciais de Pequim, estão acusações de roubo de propriedade intelectual dos Estados Unidos.
O Ministério das Relações Exteriores da China fez saber que o país não é o único responsável pela escalada de testes de mísseis balísticos na Coreia do Norte e pede à comunidade internacional uma ação conjunta para conseguirem parar os intuitos nucleares de Kim Jong-un.
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